CEASA SERRA MOVIMENTA CERCA DE 16 TONELADAS DE PINHÃO NA ÚLTIMA SAFRA

O pinhão é uma semente das plantas gimnospérmicas, ou seja, a semente não se encerra no fruto.  Encontradas em grande parte da região sul e alguns lugares da região sudeste, A semente é rica em propriedades nutricionais, como proteínas, lipídeos, cálcio, magnésio entre outros.

O pinhão fez parte da dieta dos índios Kaingang, a coleta para o consumo humano não é recomendada e é até proibida em algumas épocas e locais, porque os animais silvestres necessitam do pinhão como suplemento alimentar, para enfrentar o inverno e o grande consumo humano pode prejudicar a perpetuação dessas espécies animais, assim como a da própria araucária.

A região da serra gaúcha e catarinense é a onde são encontradas a maior aglomeração das araucárias, estima-se que a floresta de araucária cobriria originalmente 200 000 km², tendo diminuído em 97% no último século.  Com as condições climáticas atuais, que estão causando um recuo nas áreas de campo no Sul e Sudeste do Brasil, as araucárias estão podendo colonizar novas áreas, mas isso não é suficiente. A araucária está na lista de espécies ameaçadas extinção segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

A normativa DC-20, que determina o dia 15 de abril como início do período para colheita e venda em lojas, feiras ou propriedades rurais. O chamado “defeso do pinhão” segue até o fim do período de maturação da pinha, quando tem início o desprendimento das sementes, Abaixo podemos ver alguns artigos da lei que regulariza a colheita do pinhão:

 Art. 1º – Fica terminantemente proibido o abate de pinheiros adultos (Araucaria angustifolia), portadores de pinhas na época da queda de sementes, ou seja, nos meses de abril, maio e junho.
Art. 2º – Fica igualmente proibida a colheita de pinhão por derrubada de pinhas imaturas, antes do dia 15 de abril, data em que tem início o desprendimento das sementes.
Art. 3º – Fixar a data de 15 de abril para o início da colheita, transporte e comercialização do pinhão, quer para uso em sementeiras, quer para uso como alimento.

  No ano de 2019, estimasse que os produtores da serra gaúcha, trouxeram para a Ceasa Serra para ser comercializado, cerca de 15.920,00 kg da semente (quantidade declarada no talão dos produtores), sendo distribuídos da seguinte forma entre as cidades produtoras Caxias Do Sul 13.930 KG, Flores Da Cunha 570,00 KG, Ipê 70,00 KG, Muçun 160,00 KG, Nova Pádua 1,030 KG e Vale Real 160 KG. Com a proximidade do outono a expectativa da comercialização da fruta começa a ganhar força e animar os produtores e consumidores, embora tenhamos um esboço de diminuição da produção para 2020, pois nas araucárias encontra-se com poucas pinhas nos galhos.